Governo recusa reivindicação
dos professores e educadores
de São Tomé e Príncipe
JT: 27.01.2016 - Na
sequência da greve e
manifestação realizada esta
terça-feira dia 26 do
corrente ano pelo Sindicato
dos Professores e Educadores
de São Tomé e Príncipe, num
comunicado enviado esta
quarta-feira aos Órgãos de
Comunicação Social
Santomense, um dia depois do
início da greve, revela que
o governo de Patrice
Trovoada, não vai assumir o
pagamento dos salários e
demais subsídios dos
professores, educadores,
serventes, cantoneiras e
guardas que aderirem a
paralisação das actividades
escolares.
Segundo ainda o comunicado
da decisão do governo
tornado público esta
quarta-feira, em que a
Redacção do Jornal
Transparência teve acesso, o
executivo são-tomense, faz
saber que quem faltar ao
trabalho, verá o pagamento
dos seus salários e
subsídios, ser da exclusiva
responsabilidade do
Sindicato dos Professores e
Educadores.
Ainda neste comunicado
enviado pelo governo
liderado pelo Patrice
Trovoada, garante que desde
início das negociações com o
Sindicato dos Professores e
Educadores de STP em
Setembro de 2015, até a
presente data, foram
satisfeitas cerca de uma
dezena de reivindicações da
classe, representando um
encargo suplementar no OGE
2016, no valor de 1.597.000
euros, (Um Milhão e
Quinhentos e Noventa e Sete
Mil Euros).
Por tudo isso, diz o governo
no seu comunicado, que é com
bastante surpresa que viu o
Sindicato opta por uma greve
por tempo indeterminado,
paralisando todas as
negociações tidas até o
momento, e acordo nelas
alcançados.
Com esta situação, o governo
reafirma a incapacidade do
Orçamento Geral do Estado,
de suportar por um aumento
salarial dos 50%, pretendido
pelo Sindicato, não fazendo
o caso do aumento de 12,8%
do salário mínimo nacional
na função pública previsto
para o corrente ano, e dos
compromissos da estabilidade
macroeconómica acordados com
o FMI e Banco Mundial.
Na esteira deste comunicado
adianta ainda que, o governo
vira-se para os grevistas, e
diz que é pouco ético,
utilizar meios poucos
ilícitos no sentido de
aplaudir os alunos estar
abandonar os recintos
escolares, impedir e ameaçar
os professores e educadores
que querem trabalhar.
O governo ao retirar a
rotura negocial com o
Sindicato, significa que
todos os acordos parciais
alcançados ao longo das
negociações, foram postos em
causa, e não poderão ser
executados, enquanto as
partes não regressarem livre
e espontaneamente as mesas
das negociações.
E por último, o governo
avisa no seu comunicado,
que, os professores,
educadores, cantoneiras,
serventes e guardas que
aderirem a greve, e faltarem
o trabalho, o pagamento dos
seus salários e demais
subsídios, serão da
exclusiva responsabilidade
do Sindicado dos Professores
e Educadores de São Tomé e
Príncipe.
Recorde-se que, os
Professores e Educadores de
São Tomé e Príncipe,
iniciaram na última
terça-feira dia 26 de
Janeiro do corrente ano, a
greve geral, suspendendo
todas as actividades
escolares em todo o ensino
do país, que culminou na
tarde do mesmo dia com uma
manifestação defronte ao
gabinete do
Primeiro-ministro e Chefe do
Governo, Patrice Trovoada,
alegando o aumento salarial
na ordem de 50%, a
dignificação da classe
docente, e melhorias de
condições de trabalho.
Por: Adilson Castro- JT
|
|