S. Tomé e Príncipe quer
corrigir carências para
investir no turismo - diz o
Primeiro-ministro
15.08.2016 -
O primeiro-ministro
são-tomense, Patrice
Trovoada, afirmou à Lusa que
o Executivo pretende
resolver, no prazo de dois
anos, alguns
constrangimentos estruturais
que prejudicam a entrada de
turistas no país, apesar da
crescente procura dos
mercados internacionais.
"Um eixo fundamental de
desenvolvimento do país será
o turismo" mas existem
decisões que "se não forem
acompanhadas de determinadas
reformas serão um fiasco",
explicou o governante em
entrevista à Lusa, admitindo
que não basta eliminar os
vistos para os europeus ou
norte-americanos, uma medida
tomada há alguns meses.
De acordo com a fonte, o
primeiro-ministro destacou a
necessidade de reduzir o
custo do transporte aéreo,
melhorar os equipamentos de
saúde e dos sistemas de
pagamento bancário.
"Os meios de pagamento e o
sistema de pagamento
são-tomense precisam de uma
reforma que está em curso",
pelo que está em curso uma
"reforma ampla" dos
processos, que permitirá aos
"turistas pagar com cartão
de crédito quando visitam
São Tomé e Príncipe".
No caso das ligações aéreas,
o governo quer aumentar a
frequência das conexões à
Europa, utilizando a
sub-região da África
Central.
"Se resolvermos o problema
das ligações com a
sub-região, sabemos que o
turismo vai ter um
crescimento exponencial",
permitindo ligações
regulares à Europa,
utilizando cidades como Acra
(Gana), Lagos (Nigéria) ou
Libreville (Gabão) como
eixos de ligação.
A falta de infraestruturas
hoteleiras é outra das
questões que Patrice
Trovoada quer combater com a
utilização de habitações já
existentes, até porque se
coaduna com o perfil de
turistas que o país quer
atrair.
O "ecoturismo ou o turismo
em casa de particulares são
opções que pretendemos
desenvolver", assegurando
assim que o país consegue
"reagir rapidamente a uma
procura crescente",
salientou o
primeiro-ministro
são-tomense.
No que respeita ao principal
hospital do país, Aires de
Menezes, Patrice Trovoada
admite que as condições são
insuficientes para descansar
os turistas.
No entanto, no que respeita
à medicina de urgência,
"assinamos ainda há dois
meses um financiamento
importante para investirmos
na requalificação e
modernização de todo o
hospital", com o apoio do
Hospital da Cruz Vermelha,
em lisboa.
"Nos próximos dois anos, no
que diz respeito à
traumatologia e medicina de
urgência, estaremos
perfeitamente equipados e ao
nível de corresponder aos
requisitos não só aos
turistas como das companhias
de seguros que cobrem os
riscos de quem vem a São
Tomé e Príncipe", explicou o
primeiro-ministro.
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