Ganhos do petróleo
já circulam em São
Tomé e Príncipe
16.12.2106 -
O Governo
são-tomense comprou
autocarros para
melhorar o índice de
escolaridade. Um
investimento
possível graças aos
contratos assinados
com as empresas que
pretendem explorar
petróleo na Zona
Económica Exclusiva.
São Tomé e Príncipe
ainda não é um país
produtor de
petróleo, mas já
está a beneficiar
dos compromissos
sociais assumidos
pelas petrolíferas,
no âmbito dos
contratos de
partilha de produção
na Zona Económica
Exclusiva
são-tomense, em
vigor com seis
empresas: Sonangol,
Oranto Petroleum,
Galp, Equator
Exploration e Kosmos
Energy.
Na área da educação,
além da aquisição de
novos autocarros
escolares, o Governo
também aposta na
construção de salas
de aula e
jardins-de-infância.
Segundo o ministro
da Educação,
Cultura, Ciência e
Comunicação, Olinto
Daio, com a
disponibilização de
transportes
escolares, muitos
mais jovens
são-tomenses poderão
frequentar as aulas
e concluir os seus
cursos.
Desde que os 30
autocarros novos
entraram em
circulação, Kátia
Prazeres, estudante
do 12º ano, não
perde uma viagem. Em
épocas passadas, era
muito impressionante
o que via. Os
autocarros iam
superlotados, alguns
estavam meio
degradadas. "Com os
autocarros novos, já
não está assim tao
apertado", elogia a
aluna.
Aposta no
desporto
Os benefícios dos
contratos
petrolíferos também
são visíveis no
desporto. Em 2015
foram construídos
três
polidesportivos, em
diferentes regiões
do país, com
objectivo de
"massificar a
prática desportiva"
em Agua Izé, Monte
Café e Guadalupe, de
acordo com o
ministro da
Juventude e
Desporto, Marcelino
Sanches. A
construção dos novos
espaços custou cerca
de 600 mil dólares.
Com os ganhos do
petróleo, o país
também já adquiriu
seis viaturas para
combater incêndios.
Antes, "as
populações até
diziam que os
bombeiros chegavam
ao incêndio sem
água", conta João
Zuza, comandante
nacional do Serviço
de Proteção Civil e
Bombeiros. Mas
agora, sublinha, os
bombeiros
são-tomenses já têm
mais capacidade
operativa, com
viaturas de 15 mil
litros e de cinco
mil litros, "além de
uma viatura de 2500
litros que faz a
primeira
intervenção" no
terreno.
Novos projetos
sociais
No final dos anos
90, foram
estabelecidos os
limites da Zona
Económica Exclusiva
de São e Príncipe de
129 mil quilómetros
quadrados,
repartidos em 19
blocos petrolíferos.
Depois de leilão do
bloco realizado em
2010, a Agência
Nacional do Petróleo
(ANP) já celebrou
seis contratos de
partilha de
produção, com
empresas de
diferentes origens.
Além dos projectos
sociais, a ANP já
arrecadou para os
cofres do Estado 15
milhões de dólares
em bónus de
assinatura, além de
outras taxas. Sem
entrar em detalhes,
Orlando Pontes,
diretor da ANP
anunciou que novos
projetos vão ser
implementados no
país em benefício da
população. "Já
realizamos uma série
de projetos sociais
e outros estão em
curso. Até ao final
do ano que vem,
teremos outros
projetos sociais
executados",
declarou.
Fundada em 2004, a
ANP é o órgão do
Estado encarregue de
regular e fiscalizar
as políticas para o
setor petrolífero. A
produção de petróleo
é ainda uma miragem
em São Tomé e
Príncipe, mas a
agência ANP tem
estado a
potencializar os
negócios na Zona
Económica Exclusiva,
atraindo mais
empresas na
perspectiva de que o
petróleo possa
servir de
catalisador no
desenvolvimento
socioeconómico de
São Tomé e Príncipe.
Fonte: DW- Rádio
Deutsche Welle
A Voz de Alemanha