Oposição prevê sustentar
governo com base em
acordo de incidência
parlamentar
25.10.2018
- A oposição são-tomense
vincou, nesta
quarta-feira, o desejo
de sustentar o futuro
governo de coligação com
base no seu acordo de
incidência parlamentar,
firmado entre as duas
candidaturas, a 03 de
Setembro.
A
posição vem expressa
numa declaração comum,
assinada pelo presidente
do MLSTP-PSD, Jorge Bom
Jesus, o líder do
MDFM-UDD, Carlos Neves,
e Arlindo Carvalho pelo
PCD, em que prometem
preservar a estabilidade
efectiva da maioria dos
assentos conquistados no
Parlamento como condição
indispensável para
assegurar a Constituição
e a formação de um novo
governo.
Paralelamente, o antigo
primeiro-ministro de São
Tomé e Príncipe,
Guilherme Posser da
Costa, acusou
terça-feira o actual
chefe de governo,
Patrice Trovoada, de
“abandalhar” e impedir a
continuidade do Estado.
Falando à imprensa,
Guilherme Pósser
considerou a situação
vigente no país “de
complicada, inédita e de
falta de respeito ao
Estado de direito e
democrático”.
O
antigo dirigente disse
não compreender como é
que “um
primeiro-ministro
cessante se dá ao luxo
de abandonar o país”
antes do fim da contagem
dos votos e continua a
falar em nome de um povo
nalgumas capitais
africanas e europeias.
Condenou o facto de o
Presidente da República
ainda não ter se
pronunciado sobre a
questão, seis dias após
da proclamação dos
resultados das eleições
legislativas, regionais
e autárquicas, mantendo
o vazio do poder.
Guilherme Pósser alertou
que esta atitude do
chefe do Estado pode
conduzir a manifestações
anti-governo.
São
Tomé e Príncipe continua
a viver um ambiente de
incerteza política desde
que, na sexta-feira, o
presidente do Tribunal
Constitucional, José
Bandeira, proclamou os
resultados das eleições
legislativas, regionais
e autárquicas, de 07 de
Outubro.
Os
resultados definitivos
dão ao partido no poder,
a Acção Democrática
Independente (ADI), 25
assentos parlamentares,
contra 23 do MLSTP-PSD e
cinco lugares da
coligação PCD-FM-UDD.
No
entanto, o facto de
nenhuma formação
política ter obtido uma
maioria que lhe
permitisse formar o
Executivo faz com que os
partidos procurem
coligar-se para
conseguir mais assentos
no parlamento e, assim,
poderem governar.
O
MLSTP-PSD, principal
partido da oposição,
pretende coligar-se com
a plataforma PCD-FM-UDD,
que obteve cinco
lugares, ao passo que a
ADI dá indicações de
querer negociar com os
dois deputados angolares
eleitos.
Terça-feira, o Tribunal
Constitucional publicou
em Diário da República a
confirmação definitiva
dos 55 deputados
eleitos, devendo estes
tomar posse no dia 22 de
Novembro de 2018.
Só
depois da investidura
dos deputados é que o
Executivo deve ser
formado, a menos que o
Presidente Evaristo de
Carvalho queira proceder
de outra forma.
Fim /
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