Delfim Neves eleito novo
presidente do parlamento
de São Tomé e Príncipe
22.11.2018 -
Delfim
Neves, vice-presidente
do Partido da
Convergência Democrática
(PCD), que integra a
terceira força mais
votada nas legislativas
de outubro, foi eleito
hoje presidente do
parlamento são-tomense,
com 28 votos favoráveis
e 25 contra o seu
concorrente.
votação, um deputado do
Movimento por Caué (independente)
estava ausente. Delfim
Neves teve ainda quatro
votos nulos e duas
abstenções.
Intervindo na cerimónia
de posse dos 55
deputados, Delfim Neves,
53 anos, definiu como a
sua "principal missão
resgatar a dignidade" do
parlamento e dos
deputados "perante a
nação e o mundo".
Essa
missão, acrescentou, "consistirá
em agir no sentido de
que os deputados se
respeitem, sejam
respeitados", que "os
serviços se tornem mais
dinâmicos e eficazes" e
ainda "contribuir para
que o povo esteja
devidamente representado
na Assembleia Nacional",
disse o novo presidente,
que sucedeu a José Diogo,
da Ação Democrática
Independente (ADI), que
tinha maioria absoluta
na anterior legislatura.
Delfim Neves comentou
que "o país está
praticamente parado, o
povo já se manifesta
cansado", apelando à
concertação em prol do
país. "É necessário que
nos unamos em torno de
um projeto em nome de
São Tomé e Príncipe,
colocando em primeiro
lugar os interesses da
nação, acima dos
interesses particulares
ou de grupo", defendeu.
Delfim Neves garantiu a
colaboração do
parlamento com outros
órgãos de soberania do
país, designadamente o
Presidente da República,
no âmbito dos "parâmetros
constitucionais, ou seja,
no quadro do respeito
mútuo e da separação de
poderes".
No
seu discurso de
investidura, pediu aos
representantes das
missões diplomáticas
presentes para "transmitirem
aos governos dos
respetivos países" que
os deputados desta 11ª
legislatura, que se
iniciou hoje, "tudo
farão para que a
democracia prevaleça e
se consolide em São Tomé
e Príncipe".
Delfim Neves sublinhou
ainda que os acordos de
cooperação, bem como os
tratados internacionais
assinados entre governos,
serão respeitados.
Nas
eleições legislativas de
07 de outurbo, o partido
Ação Democrática
Independente (ADI, que
estava então no poder)
venceu com maioria
simples, elegendo 25
deputados, enquanto o
Movimento de Libertação
de São Tomé e Príncipe -
Partido Social Democrata
(MLSTP-PSD) conseguiu 23
lugares. A coligação
PCD-UDD-MDFM obteve
cinco mandatos e foram
ainda eleitos dois
deputados independentes
pelo distrito de Caué.
MLSTP e
coligação reclamaram ter
alcançado maioria
absoluta (28 lugares, no
total) e assinaram, após
as eleições, um acordo
de incidência
parlamentar e para
formar Governo.
Fim /
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