PR são-tomense reforça
apelo de ajuda à
comunidade internacional
02.06.2020
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O presidente são-tomense
reforçou o pedido de
ajuda aos parceiros
internacionais no
combate à Covid-19,
justificando que é para
"não morrer muito mais
gente por falta de
condições técnicas,
económicas e
financeiras, durante e
pós pandemia".
"Gostaria de agradecer à
Organização Mundial da
Saúde (OMS) e ao sistema
das Nações Unidas que
têm apoiado o nosso país
nessa pandemia e
reforçar o pedido de
ajuda aos parceiros
bilaterais e
multilaterais para que
não venham a morrer
muito mais pessoas por
falta de condições
técnicas, económicas e
financeiras, durante e
pós pandemia", disse no
domingo Evaristo
Carvalho em mensagem a
nação. Informações
divulgadas pelo
ministério da Saúde
indicam que o país
acumulou até sábado 479
infecções e 12 óbitos,
incluindo sete pacientes
internados no hospital
de campanha e quatro
outras pessoas
internadas no serviço
sintomático
respiratório.
O presidente são-tomense
decreta esta
segunda-feira a
prorrogação, pela quinta
vez, do estado de
emergência, até 15 de
Junho, justificando o
facto com "o número
assustador de casos
positivos em crescimento
diário no país e a
explicação pouco
convincente". Em
mensagem ao país,
Evaristo Carvalho
reconheceu que há já "75
dias que o país se
encontra praticamente
parado devido à
Covid-19", defendendo,
no entanto, que há uma
"fragilidade
organizativa" dos
serviços de saúde.
O chefe de Estado
são-tomense refere que
há "sinais de melhoria
de capacidade técnica em
meios humanos, material
e equipamentos",
reconhecendo, contudo, a
"necessidade absoluta de
tempo para aferição de
equipamentos e início de
trabalho consistente de
vigilância, avaliação,
programação e testagem
massiva".
Para Evaristo Carvalho,
o nível actual de
infecção por Covid-19 no
país reclama a "urgência
na determinação das
situações
epidemiológicas e de
contágio a todos os
níveis, local,
distrital, regional e
territorial". Na
mensagem ao país, que
antecede o decreto
presidencial a anunciar
a prorrogação do estado
de emergência, cujo
último dia terminaria
hoje, Evaristo Carvalho
disse ter a convicção de
que essa acções
"resultarão em melhor
conhecimento da situação
sanitária do país".
O governante renovou o
apelo à população para
"uma melhor compreensão,
adesão e respeito de
cada um e de todos" pelo
cumprimento das medidas
de emergência impostas
pelas autoridades
sanitárias e de
segurança pública.
"As regras de prevenção
e de combate ao novo
coronavírus valem para
todos e sem excepção",
explicou Evaristo
Carvalho. Chegou hoje a
São Tomé e Príncipe uma
equipa de 12
especialistas chineses
no combate à Covid-19,
no âmbito do acordo
bilateral entre São Tomé
e China e outros
contratados pela OMS.
"Nós queremos mostrar a
nossa solidariedade com
o povo de São Tomé e
Príncipe", disse o
embaixador chinês Wang
Wei sublinhando que a
deslocação dessa equipa
de médicos especialistas
chineses "responde a uma
solicitação das
autoridades"
são-tomenses.
A ministra dos Negócios
Estrangeiros, Cooperação
e Comunidades, que se
deslocou ao aeroporto
para receber os médicos
chineses, garantiu que
"a pandemia está numa
fase crescente",
considerando que essa
missão chinesa é
composta de técnicos que
"mais fazem falta".
Entre os 12 médicos
chineses estão
especialistas em
epidemiologia,
infecciologistas,
pneumologistas,
intensivistas,
enfermeiras, e técnicos
de análises e
diagnóstico. "Pensamos
que a partir de agora
temos um quadro de
técnicos nacionais e
estrangeiros para
formular uma nova forma
de actuar face à
pandemia que assola o
nosso país", disse Elsa
Pinto.
Em África, há 4.179
mortos confirmados em
mais de 145 mil
infectados em 54 países,
segundo as estatísticas
mais recentes sobre a
pandemia naquele
continente. Entre os
países africanos que têm
o português como língua
oficial, a Guiné
Equatorial lidera em
número de infecções
(1.306 casos e 12
mortos), seguida da
Guiné-Bissau (1.256
casos e oito mortos),
Cabo Verde (435 casos e
quatro mortes), São Tomé
e Príncipe (479 casos e
12 mortos), Moçambique
(254 casos e dois
mortos) e Angola (86
infectados e quatro
mortos).
O
país lusófono mais
afectado pela pandemia é
o Brasil, com 27.878
mortos e mais de 465 mil
contaminados, sendo o
segundo do mundo em
número de infecções,
atrás dos Estados Unidos
(1,7 milhões) e à frente
da Rússia (mais de 405
mil).
(Angop)