Governo são-tomense
recebe materiais de
prevenção e combate
à doença
02.04.2020 -
O Governo
são-tomense recebeu
hoje um lote de
materiais oferecidos
pela Organização
Mundial da Saúde
(OMS) para fazer
face à prevenção e a
uma eventual
propagação do novo
coronavírus no país.
É a segunda ajuda
humanitária que o
País recebe em menos
de uma semana, para
fazer face a
pandemia de Covid
19. Sendo que a
primeira ajuda a ter
chegado veio da
parte do bilionário
chinês Jack Má(
Alibaba).
"É um lote de
materiais, sobretudo
de proteção
individual para o
pessoal da saúde que
estará na linha da
frente em caso de
haver o coronavírus
em São Tomé e
Príncipe, materiais
para colher amostras
e tendas para
ampliação do serviço
de saúde, na
eventualidade de
termos infeção por
covid-19 no país",
disse o porta-voz da
OMS, Vilfrido Gil.
Os materiais
chegaram ao país
numa aeronave da DHL
que poderá
deslocar-se
novamente ao
arquipélago com
outros equipamentos
de combate ao novo
coronavírus.
"A OMS continua a
trabalhar junto de
outros parceiros no
sentido de poder
fornecer
equipamentos de
oxigenoterapia
(ventiladores). Há
várias movimentações
a decorrer neste
sentido, uma das
dificuldades que se
tem não é apenas a
disponibilidade, mas
também o problema de
circulação de bens",
explicou Vilfrido
Gil.
Ventiladores e
aparelhos para a
realização de testes
no país são as
maiores ambições do
Governo de São Tomé
e Príncipe, que
pretende munir-se de
todo o equipamento
necessário de
combate à doença,
mas o responsável da
OMS lembrou que os
materiais hoje
chegados ao país
foram encomendados
há várias semanas.
"Esse material está
preparado para vir
já há algum tempo e
só hoje, depois de
várias diligências e
intervenções de
vária ordem eles
chegaram. Não
estamos a falar da
permissão de outros
portos e aeroportos
para que as coisas
possam circular. São
restrições
decorrentes da
própria pandemia que
coloca um obstáculo
à chegada dos
produtos",
acrescentou o
porta-voz da OMS.
Hoje mesmo o Governo
são-tomense enviou
na aeronave da DHL
novas amostras
recolhidas de
pessoas que se
encontram em
quarentena para
análises no
laboratório de
Franceville, no
Gabão.
A OMS congratulou-se
com a chegada de
"mais materiais para
se colher amostras",
que considerou "um
processo"
necessário.
A instituição
sanitária mundial
considerou que até
chegarem os
equipamentos para se
fazer os testes à
covid-19 no país
será necessário os
técnicos de saúde
serem formados e
estarem aptos para
lidarem com os novos
instrumentos.
"A OMS está a fazer
todo o seu melhor
para ajudar o
Governo e a
população de São
Tomé e Príncipe a
melhor se proteger,
se prevenir para
fazer face a esta
pandemia em caso
dela entrar no
país", disse
Vilfrido Gil.
O novo coronavírus,
responsável pela
pandemia da
covid-19, já infetou
mais de 870 mil
pessoas em todo o
mundo, das quais
morreram cerca de 44
mil.
Dos casos de
infeção, pelo menos
172.500 são
considerados
curados.
Depois de surgir na
China, em dezembro,
o surto espalhou-se
por todo o mundo, o
que levou a OMS a
declarar uma
situação de
pandemia.
O continente
europeu, com mais de
470 mil infetados e
cerca de 32.000
mortos, é aquele
onde se regista o
maior número de
casos, e a Itália é
o país do mundo com
mais vítimas
mortais, com 13.155
óbitos em 110.574
casos confirmados
até terça-feira.
O número de mortes
em África subiu para
196, num universo de
mais de 5.700 casos
confirmados em 49
países, de acordo
com as estatísticas
sobre a doença no
continente.
São Tomé e Príncipe
ainda não tem nenhum
caso confirmado do
novo coronavírus.
(Lusa)