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Governo condena actos de violência ocorrido defronte a Igreja Universal em São Tomé

21.10.2018 - O Primeiro-ministro são-tomense, Jorge Bom Jesus, numa mensagem dirigida a nação, condenou todos os actos de violência, e de vandalismo ocorrido na tarde desta última quarta-feira defronte as instalações do edifício da Igreja Universal Reino de Deus, tendo assegurado ainda que não vai tolerar mais actos desta natureza ao nível do país.

Jorge Bom Jesus, também expressou a sua preocupação da forma como um grupo de pessoas aproveitou para incitar a violência que acabou por originar a morte de um adolescente que aparenta ter 14 anos de idade, e por seguinte estudante que de momento saiu da escola, e presenciando a revolta, inocentemente acabou de ser atingido por uma bala por um dos agentes da polícia que se encontravam no local para manterem a ordem em defesa da referida confissão religiosa.

“Povo de São Tomé e Príncipe, o país viveu esta quarta-feira, momentos conturbados que vieram manchar o clima de paz, seriedade e tolerância que sempre caracterizou o nosso país, e como resultados de manifestações espontâneas que se verificaram em algumas localidades do país, e tiveram como alvo, os edifícios da Igreja Universal do Reino de Deus, para expressar a solidariedade para com o cidadão nacional preso na Costa do Marfim, e que um grupo de pessoas aproveitou para incitar a violência, e ao vandalismo, temos a lamentar a morte de um adolescente, e antes de mais, quero em meu nome pessoal, e em nome do Governo, expressar as sentidas condolências a família enlutada, e assegurar que o necessário inquérito será aberto de imediato para o apuramento dos factos ocorridos, e assacar as responsabilidades”.

Segundo ainda a mensagem do chefe do governo, face a situação, o Governo, a Presidência da República, Assembleia Nacional, e outras estruturas do Estado, estão seriamente empenhadas em encontrar a rápida solução para o caso do cidadão Ludumilo Veloso preso na Costa do Marfim, pelo que uma vez mais, pedimos aos seus familiares, amigos, e a população em geral, calma e serenidade.

Diz ainda a mensagem que, já no próximo sábado, uma delegação multi-sectorial se deslocará a Costa do Marfim, justamente para, pelas vias diplomáticas, buscar solução para este problema, e temos expectativa que tudo se resolverá pacificamente, e pela via do diálogo, como é o nosso apanágio, respeitando a soberania do Estado, os acordos e as convenções internacionais de que São Tomé e Príncipe, é signatário.

A propósito deste acto, foi criada uma comissão multi-sectorial para brevemente poder deslocar a Abjan ao fim de constatar de perto o que realmente estar acontecer com o Pastor Ludumilo Veloso preso na Costa do Marfim a cerca de 30 dias, e a referida comissão será composta por deputados da Assembleia Nacional, Representantes do Ministério dos Negócios Estrangeiros, da Procuradoria-geral da República, e da Ordem dos Advogados de São Tomé e Príncipe, conforme assegurou o deputado Federal brasileiro, Márcio Marinho, que por sinal, é também o Bispo da Igreja Universal do Reino de Deus, após o encontro com o Presidente da Assembleia Nacional, e os Deputados da primeira e quarta comissões especializadas e permanente da Assembleia Nacional.

O Bispo brasileiro da Igreja Universal, apelou a calma a toda a população de São Tomé e Príncipe, visto que estão sendo feitos todas as diligências juntas as autoridades da Costa do Marfim, para saber o que se passa de concreto com o cidadão preso, e há uma vontade da igreja de resolver esta situação, tendo adiantado, e afirmado ainda que, o mesmo encontra-se vivo, e fora do perigo de vida.

Recorde-se que, na base da detenção do cidadão são-tomense, Ludumilo Veloso preso na Costa do Marfim a mais de 30 dias, provocou uma grande revolta dos populares junto ao edifício da Sede da Igreja Universal Reino de Deus situado na capital de São Tomé, concretamente em Atrás da Cadeia nas imediações de Ponta Vares, onde um grupo de populares concentraram-se, chegando de entrar as instalações da Igreja, queimando duas viaturas, motorizadas, retirando alguns bens materiais, poucos minutos depois de um dos agentes policiais ter atingido um jovem que aparenta ter 14 anos de idade que havia terminado as aulas, que acabou de falecer no mesmo local do incidente, o que provocou ainda mais a tensão e a revolta dos populares.

Por: Adilson Castro

 

 

 

 

 

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