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Perigo elevado para Mudanças Climáticas

Maior parte de árvores cortadas no país

não têm autorização

 

27.03.2019 - Entrevista com a Engenheira florestal Páscoa Costa da Direcção da Florestas. As consequências da desflorestação são já bastante visíveis em São Tome e Príncipe. Segundo o Departamento de Fiscalização Controlo e Estatísticas Florestais, Páscoa Costa, em entrevista que nos concedeu, este quadro é muito preocupante. Para tal, diz ela que a sua Direcção defende um combate sério com participação alargada dos “cidadãos de todos os níveis”. 

Na entrevista que nos concedeu, Páscoa Costa critica o “envolvidas no abate ilegal de árvores” por “muita gente. 

Segundo Páscoa Costa, quando nós deslocamos ao terreno os guardas florestais confrontam-se com situações difíceis por partes dos operadores, ajudantes de motosserra, os madeireiros e cidadãos comuns. Nestas ocasiões regista-se, segundo esta técnica, um clima quase generalizado de hostilidade contra os guardas florestais, técnicos, funcionários da Direcção de Florestas. 

Confrontamos, dia-a-dia, com dificuldades de combate ao corte desenfreada de árvores disse, lamentando o facto de se registar casos de técnicos e guardas florestais terem sido, mesmo até fora da hora normal, de trabalho por pessoas que defendem o abate anárquico de árvores. 

A Direcção de Floresta tem uma base de dados que permite inventariar e autorizar os casos de abate desde que seja feita de acordo com a lei em vigor, segundo Páscoa Costa. No entanto, existem muitos casos de corte ilegal de árvores. “Nós não podemos determinar a quantidade, porque aquilo que nós autorizamos é inferior aquilo que é abatido de forma ilegal”, lamentou na ocasião. 

Pascoa disse ainda, que “todos os dias, um grande número de árvores são deitados ao chão”, dentre elas, com “autorizações, podem ser uma ou outra em todo o pais”, dando a entender que se trata de uma pequena quantidade as que são cortadas com base no que está estabelecido com base na Lei. 

Sobre os procedimentos para a autorização de abate de acordo com a lei em vigor, a Direcção das Florestas tem um modelo de impresso para preenchimento e que se juntam a cópia de bilhete de identidade e documento comprovativo da posse de terra onde se encontra a árvore em via de ser cortada.  

Os pedidos são feitos nestes moldes, e é partir daí que “fazemos a programação e dirigimos ao terreno de forma a fazer uma vistoria local, explicando que é com esse procedimento que se dá corte autorizado de qualquer árvore.  

Ao terminar a entrevista, registamos o compromisso da Direcção de Florestas em continuar a manter o combate ao abate ilegal. Páscoa Costa prometeu que os serviços competentes vão manter e reforçar os esforços, visando mudar o quadro alarmante, para que apenas sejam cortadas árvores com “base em critérios definido por lei”. É assim que continuarão a ser marcadas por técnicos desta direcção “as árvores destinadas para o abate, tendo em conta a localização da madeira e o seu tamanho”, rematou ao finalizar a sua declaração.

 

 

 

 

 

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