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Comunicado Sobre Greve

PCD CRITICA INCAPACIDADE DO GOVERNO

EM NEGOCIAR COM PROFESSORES

26.03.2023 - Tal como a grande maioria dos santomenses, o PCD lamenta a falta de capacidade de imaginação por parte do Governo o que conduz a persistência da greve iniciada pelos professores e que paralisou todas as escolas do país, afectando cerca de 80 mil alunos dos jardins-escola, de ensino primário e secundário, já que até agora o Governo não avançou com qualquer contraproposta relativamente ao principal ponto de reivindicação dos agentes educativos , que consiste no aumento do salário de base de 2.500 para 10 mil dobras, dentre 22 pontos constantes do caderno reivindicativo dos mesmos, que pode ler na íntegra.

Face a presente situação, o Primeiro-ministro considera que o País não está em condições de atender a esta reivindicação, razão pela qual os quatro sindicatos dos professores, em representação destes, permanecem firmes em manter a greve na educação por tempo indeterminado, até o Governo apresentar soluções de melhorias financeiras para todos os docentes.

Os sindicatos revelam ainda ser do seu interesse chegar a uma decisão favorável no diálogo entre as partes envolvidas, dependendo do teor das contrapropostas a serem apresentadas pelo executivo.

Ora, questionamos: quais poderão ser as repercussões destas reivindicações ? Estarão, de facto , os professores a atentar contra o direito à educação?

Não obstante as dificeis condições porque passa actualmente, em termos financeiros, o País, o PCD reconhece a prevalência de desigualdades e injustiças na aplicação da politica salarial no nosso sistema, apelando por isso a uma melhor criatividade da parte do Governo, tendente , por um lado, ao reconhecimento dos direitos à greve por parte dos professores e, por outro, ao direito à educação no que toca aos alunos, constantes todos da Constituição da Republica, assumindo-se tal conjuntura como garantia de pôr fim a esta greve , em defesa das escolas pública e de melhores condições de trabalho dos docentes, e, daí, a uma apredizagem mais profícua da parte dos alunos.

Diga-se , em abono da verdade , que se estabelece no presente caso, entre o direito à greve e o direito à educação, (ambos constitucionais), uma relação de proximidade, mais simultaneamente de conflito,a merecer uma posição de equilibrio, o que não se compadece com mordazes e superficiais apreciações de quem de direito.

Apesar de se reconhecer que a greve dos professores, de forma assais prolonga, detém efeitos nocivos para os alunos, não é por isso que ela se torna “ilegítima”, razão pela qual é prudente que o Governo seja mais criativo no sentido de atender satisfatóriamente as reivindicações consideradas mais relevantes, como forma de mitigar as consequências daí decorrentes para os alunos e para os pais.

Neste aspecto, o PCD reconhece que é preciso dignificar, em particular, a classe docente, para o que se torna de todo imprescindível que os professores sejam motivados com um salário digno, tendo em vista o cumprimento, com responsabilidade e competência, os seus específicos deveres de educadores. cumprirem os seus deveres de educadores com responsabilidades e competência .

Reconhecendo embora a existência do subsídio de transportes, de horas extras e alguns outros subsídios que são pagos como complemento salarial é, no entanto, de salientar que os mesmos nem sempre são liquidados em simultâneo com os salarios, podendo registar vários atrasos e situações de completa desarmonia, fazendo com que os professores não se sintam motivados a trabalhar com zelo e dedicação e adignificar a classe, de modo a garantir uma educação de qualidade às nossas crianças.

Daí que , uma vez mais , o PCD apele a um maior diálogo entre as partes, na perspectiva de uma solução satisfatória suscetível de pôr cobro a persistência da greve ora em curso.

FINALMENTE , O PCD CONGRATULA-SE COM A RETOMA DOS TRABALHOS PELOS TRABALHADORES DA AGRIPALMA, O QUE PERSPECTIVA UM SALUTAR DESFECHO DA GREVE POR ELES DESENCADEADA.POR UM S.TOMÉ E PRÍNCIPE MELHOR E MAIS UNIDOS PARA TODOS.

 

 

 

 

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