São
Tomé quer combater
paludismo com mosquitos
geneticamente
modificados
23.01.2024 -
Mosquitos
geneticamente
modificados poderão ser
libertados este ano em
São Tomé e Príncipe para
o combate ao paludismo
de acordo, com os
“resultados científicos”
do projeto da
Universidade da
Califórnia Iniciativa
Contra a Malária (UCMI)
que será submetido ao
Governo.
“Estamos
em fase bastante
avançada que nos permite
começar a trabalhar numa
proposta de libertação
experimental do mosquito
modificado […] estamos a
finalizar o estudo,
temos equipa de
engajamento no terreno,
as infraestruturas estão
criadas, os estudantes e
recursos humanos estão a
ser treinados”, disse
gestor de campo da UCMI,
João Pinto.
O
responsável disse que
após dois anos e meio, o
projeto está “em fase
avançada” e iniciou a
segunda fase “que
implicaria um estudo
experimental de
libertação do mosquito
modificado, seguido de
uma fase de
monitorização durante
quatro ou cinco anos”.
Para isso
está a ser elaborado um
plano de libertação dos
mosquitos que será
apresentado ao Governo
são-tomense durante o
mês de março, ficando
dependente da aprovação
pelo executivo. “Nós
temos todo uma série de
resultados científicos
que nos permitem
precisamente fazer esse
plano de libertação”,
assegurou João Pinto.
Até a
conclusão do plano, a
UCMI vai finalizar
outros estudos da
“bioecologia do
mosquito” que transmite
o paludismo em São Tomé
e Príncipe para
conhecer, nomeadamente o
tamanho da população, a
distância média que
percorre entre as
localidades, os
hospedeiros que gosta
mais de se alimentar e
outros aspetos
comportamentais.
“Todo
esse estudo está a ser
feito, nós temos
resultados e esses
resultados servem para
nós podermos prever como
é que vai ser a
libertação do mosquito,
mas também ajuda o
próprio programa
nacional de luta contra
o paludismo a
compreender melhor o
mosquito”, precisou João
Pinto.
O
ministro do Trabalho e
Solidariedade, Celsio
Junqueira, que
representou a ministra
da Saúde, na
apresentação de um
documentário da UCMI
sobre a primeira fase do
projeto, apontou a
iniciativa como “uma das
propostas” que o
executivo tem “para o
combate ao paludismo” em
São Tomé e Príncipe.
Celsio Junqueira
sublinhou que o combate
ao paludismo tem sido
feito com “um esforço
bastante titânico” pelo
executivo, sendo um dos
“objetivos para o
arranque” da “aposta no
turismo”.
De acordo
com o plano de luta
contra o paludismo, as
autoridades são-tomense
preveem eliminar a
doença até 2030. (Saudemaistv/Lusa