Contacto -: +239  9936802 9952092 transparencia.st@hotmail.com  -

 

 GESTÃO DA IMAGEM, REPUTAÇÃO E CRISES - aplicado

a excelência no atendimento no serviço público

30.01.2024 - Já que o setor público é alvo constante de inúmeras críticas, cobranças e raros reconhecimentos de seus feitos. Vamos antes de tudo, compreender a que se refere cada uma destas expressões de forma clara – imagem, reputação e crises.

A imagem pode ser composta por elementos físicos ou visuais, daí, podemos partir do pressuposto que é algo estático. Ela pode trazer diversas considerações, a citar: A partir da análise da linguagem corporal, pelas vestes utilizadas, pelas maquiagens aplicadas ou acessórios que se faça uso; Numa empresa pode-se enxergar a imagem desde de simples fachada aos seus modelos particulares de gestão (de pessoas, material e financeira); A imagem do artista, político ou de um especialista quando estão em defesa ou oposição de um determinado tema ou causa.

“A imagem pode ter vários significados, a depender da forma que for observada, apresentando-se como uma representação de algo que pode ser mental, visual, sonora, sensorial, ou seja, tudo o que os nossos sentidos consigam projetar. (...)

A cultura organizacional é fundamental para uma disseminação adequada da imagem organizacional para os diversos atores, pois expressa os valores, as crenças e os ideais existentes na organização.”

Fonte: Delgado, Elaine Christine Pessoa. Giselly Santos Mendes. Gestão de imagem e personal branding. Curitiba: Inter Saberes, 2021. Vamos analisar alguns aspectos importantes: - Quais são as consequências ou repercussão da cultura generalizada de um mal atendimento nas secretarias municipais e gabinetes dos vereadores de uma cidade? - Como reverter um quadro de imagem desfavorável para uma favorável? - Como resgatar o prestígio da gestão pública com base nos valores da eficácia, precisão, prazo e excelência nos serviços prestados ao cidadão? - Será mesmo que cada secretaria atua em conformidade com o pensamento da gestão executiva? - Quais são os principais impactos causados por uma sequência de questões mal ou não resolvidas? - Prefeitos, Secretários, Vereadores, entre outras chefias, vocês acompanham os seus subordinados em termos da gestão da qualidade no atendimento das demandas que chegam aos seus respectivos setores?

A reputação pode ser avaliada em função dos gestos e atitudes ao longo do tempo. Entretanto, ela só pode ser enxergada em dois claros caminhos: positiva ou negativa. A reputação está diretamente ligada a sua história e aos fatos que compõem esta trajetória. Está associada a imagem percebida por parte das pessoas que conviveram ou testemunharam os seus atos.

“Boa reputação é ativo construído ao longo dos anos. E as crises sempre representam uma ameaça constante a esse precioso e frágil capital. É durante as crises que as organizações são recompensadas pela qualidade do capital da confiabilidade adquirido antes da crise. Quanto mais visíveis se tornam as pessoas públicas – e as empresas -, mais vulneráveis também ficam. Mais interesse da mídia, da opinião pública, da sociedade.” Fonte: FORNI, João José. Gestão de Crises e Comunicação (...). 3ª edição, São Paulo, Editora Atlas, 2020.

Agora reflita: - Onde se pode encontrar as melhores soluções é quando existe atraso no balcão de atendimento de uma secretaria municipal ou quando existe um escândalo financeiro milionário com o nome do prefeito com alcance nas rádios, redes sociais e todas as esquinas da cidade?

Nem se compara, não é mesmo? - Qual é a situação mais solúvel em menor espaço de tempo? Nem se compara não é mesmo? “A reputação de alguém, indivíduo ou organização, é algo que, de certa forma, tende a fugir de planos e programas ligados a comunicação e a marketing.

Afinal, a reputação existe como uma imagem consolidada que se forma na mente e se projeta na palavra de quem olha para a organização, percebendo-a. Isto, independente dos esforços de marketing e de relações públicas postos em marcha. (...)

A construção de uma boa reputação conta, permanentemente, com as seguintes quatro táticas: estudos de públicos, comunicação institucional, divulgação, gestão de crises de imagem pública.” Fonte: MACHADO NETO, Manuel Marcondes. 4 Rs das Relações Públicas Plenas (...). 2ª edição, Rio de Janeiro, Ed. Ciência Moderna LTDa. 2015. Vamos para algumas reflexões: - Caros gestores como estão conduzindo a reputação da organização pública? -

Quais são os seus principais pontos críticos que todos os dias você já espera algo negativo? - Você sabe porque razão carrega esta impressão ou expectativa tão negativa? - Como está a sua relação de confiança com os seus assessores e servidores? A crise é o que se escapa do esperado, previsível e planejado. É quando surge um conflito, uma divergência ou uma não conformidade quanto ao cumprimento de certos protocolos a serem executados. É o comprometimento em dado grau de uma rota a ser seguida, algo que gera ruptura em diversos níveis, cuja solução não ocorre no mesmo tempo em que o fato crítico acontece.

As crises podem se apresentar de diversas maneiras, quer seja por ética empresarial, ambiental, relações trabalhistas, judiciais, financeiras, crise de imagem, entre outros. Sendo a crise de imagem o nosso alvo, não percamos o foco do setor público, o território em que os inúmeros dilemas vinculados aos gestores e servidores em todos os níveis são incalculáveis.

“As crises alteram o fluxo das atividades comuns das empresas, governo, muitas vezes, danos e más notícias, e podem ser causadas por diversos fatores, como conflitos humanos ou políticos, desastres naturais ou ações ou omissões institucionais e empresariais.” “As crises de imagem podem afetar tanto pessoas físicas como empresas, governos, marcas, entre outros; Quando mal administradas ou não resolvidas, podem abalar a credibilidade e a reputação.”

“Os riscos são um tipo de alerta para uma possível crise e podem ser classificados em cinco categorias: Repercussão nacional / internacional, repercussão nacional, repercussão regional, repercussão local e repercussão limitada.” Fonte: Delgado, Elaine Christine Pessoa. Giselly Santos Mendes. Gestão de imagem e personal branding. Curitiba: Inter Saberes, 2021.

Vamos para outras reflexões: - Como gerir crises de imagens nas redes sociais? - Você sabe quais ferramentas devem ser utilizadas para diferenciar os fakes dos fatos na sociedade atual? - Como gerir uma crise de imagem perante a opinião pública? - Diante de uma reunião polêmica com adversários políticos e grupos de pressão, você sabe gerenciar sua linguagem corporal para evitar más interpretações?

- Um grande escândalo ocorre na sua gestão, dentro da sua equipe de confiança e reflete em toda uma região avançada. Você tem um plano de trabalho para tal enfrentamento caracterizado por plano de contingência? - Você sabe quais são os princípios para garantir o gerenciamento de conflitos existentes entre opinião pública e opinião publicada?

Entre outras. Há quem diga historicamente que se “cresce na crise” e que se “cria na crise”, muito bem, nas crises de imagem no setor público, não há espaço para gracinhas ou improvisos. Pelo fato de ser um momento crítico e inesperado requer postura criteriosa, seriedade, muito comprometimento individual e esforço conjunto, por vezes de todos os setores – do estratégico aos operacionais. Há crises em que muitos perdem o que já não segurava com tanta força assim, perdem o pouco que tinha, perde como areia entre os dedos toda uma gestão inteira, por fim, entra em diluição toda uma história de vida. E após, como lidar se isso acontecer?

E, para concluir e não por aqui encerrar a discussão, no serviço público, muito mais do que os uniformes de excelência, intensas divulgações para expor suas realizações em rádio, carro de som, plotagens – atender bem é obrigação. Considerar como princípio que a gestão da imagem, reputação e crises aplicado a excelência no atendimento destinado aos cidadãos é fator decisivo para a qualificação do mandato – afinal, este é um trabalho realizado por pessoas e para pessoas.

* Uemerson Florêncio – Empreendedor. Atua com Treinamentos, palestras e é correspondente internacional de opinião para 5 países de língua portuguesa na África (São Tomé e Principe, Cabo Verde, Moçambique, Guiné Bissau e Angola) expõe sobre a análise da linguagem corporal aplicada a diversas áreas. Criador do método pentágono da comunicação. Gestor de conteúdo do site da empresa,

Por Uemerson Florêncio

 

 

 

 

Diário de São Tomé e Príncipe - Jornal Transparência | Todo Direito reservado | Rua 3 de Fevereiro - São Tomé | 

 São Tomé e Príncipe | transparencia.st@hotmail.com - (00239) - 9936802 - 9952092 - Webmaster JS 


Ir ao top^