Bispos e líderes
africanos repudiam
bênção
de casais homossexuais
13.02.2024 -
Bispos de
Angola e São Tomé
consideram que a bênção
destes casais "criaria
um enorme escândalo e
confusão entre os
fiéis". A bênção
proposta pelo papa
Francisco aos casais
homossexuais mereceu o
repúdio de bispos
católicos e líderes
africanos, com a maioria
dos países lusófonos a
reagir também
negativamente.
Foi o
caso dos bispos
católicos moçambicanos,
angolanos e de São Tomé
e Príncipe. Se em Maputo
a Conferência Episcopal
de Moçambique anunciou
ter decidido "não se dê
bênção" às "uniões
irregulares e uniões do
mesmo sexo", em Luanda
os bispos de Angola e
São Tomé manifestaram
mesmo "perplexidade" com
as bênçãos a "casais
irregulares",
determinando que não
sejam realizadas nestes
países porque "criariam
um enorme escândalo e
confusão entre os
fiéis".
Em Cabo
Verde, enquanto se
aguarda por uma nota
conjunta das duas
dioceses do arquipélago,
o bispo Ildo Fortes
adiantou que ambas
acompanham a posição do
papa Francisco, baseados
no princípio da
misericórdia.
E
procurou explicar,
deixando ao mesmo tempo
claro que não se trata
de uma aprovação: "Até
para sair do caminho
errado onde possam
estar, até para quem
está no pecado, é
preciso uma bênção, uma
luz", afirmou, lançando
uma pergunta: "Se nós
abençoamos os campos, os
animais, porque é que
não havemos de abençoar
as pessoas?".