Apenas
alguns passaportes
estarão isentos de
vistos
a partir
de janeiro na CPLP
13.12.2021 - O governo
são-tomense, enalteceu o
"passo qualitativo" de
Portugal que entregou o
acordo de mobilidade na
sede da CPLP, mas
esclareceu que a entrada
em vigor "não significa
que haverá uma
mobilidade efetiva a
partir de 1 de janeiro".
Aministra
dos Negócios
Estrangeiros de São Tomé
e Príncipe, Edite Ten
Jua, disse hoje que "os
Estados ao fazerem o
depósito deste
instrumento, demonstram
a sua vontade, o
compromisso com a
implementação do mesmo",
tendo referido que "São
Tomé e Príncipe vê,
naturalmente, com muita
satisfação este terceiro
deposito feito por
Portugal, porque mostra,
efetivamente, que
Portugal quer dar um
passo qualitativo
naquilo que é a
mobilidade dentro do
espaço da CPLP".
Edite Ten
Jua esclareceu que a
partir de janeiro o
acordo entrará em vigor
apenas para os três
países que já fizeram o
seu depósito na sede da
CPLP, nomeadamente Cabo
Verde, São Tomé e
Príncipe e Portugal,
"mas existem aspetos que
têm ainda que ser
negociados entre os
vários países,
particularmente no caso
de Portugal".
"No caso
de São Tomé e Príncipe,
estamos expectantes para
começarmos este processo
com Portugal, na medida
em que é uma promessa,
no sentido de termos uma
verdadeira mobilidade
dentro do espaço da CPLP,"
disse Edite Ten Jua. A
ministra dos Negócios
Estrangeiros considerou
que não é possível falar
em desenvolvimento e
implementação dos
objetivos ao nível da
CPLP, "se não houver
efetiva mobilidade
dentro do espaço da
comunidade".
Segundo
um comunicado hoje
divulgado pela
Comunidade dos Países de
Língua Portuguesa (CPLP),
apenas uma das
modalidades de
mobilidade previstas no
acordo -- "a isenção de
vistos a favor dos
titulares de passaportes
diplomáticos, oficiais,
especiais e de serviço -
decorre imediatamente da
entrada em vigor do
acordo", no início do
próximo ano.
O acordo
de mobilidade foi
assinado em Luanda, em
17 de julho, na XIII
Conferência de Chefes de
Estado e de Governo da
CPLP, na qual Angola
assumiu a presidência da
organização até 2023.
O
primeiro-ministro
português, António
Costa, entregou na
quinta-feira ao
secretário-executivo da
CPLP, Zacarias da Costa,
o instrumento de
ratificação por Portugal
do Acordo sobre a
Mobilidade entre os
Estados-membros da
organização, destacando
tratar-se de "um ato de
afirmação política muito
importante". Dos
restantes
Estados-membros,
Moçambique já ratificou
o documento, mas ainda
não formalizou a sua
entrega junto da CPLP, e
Angola e a Guiné-Bissau
já o aprovaram ao nível
do parlamento.
O acordo,
para entrar em vigor,
precisava de ser
ratificado por três dos
nove países da
organização. A proposta
de acordo sobre
mobilidade estabelece um
"quadro de cooperação"
entre todos os
Estados-membros de uma
forma "flexível e
variável" e, na prática,
abrange qualquer
cidadão.
Aos
Estados é facultado um
leque de soluções que
lhes permitem assumir
"compromissos
decorrentes da
mobilidade de forma
progressiva e com níveis
diferenciados de
integração", tendo em
conta as suas próprias
especificidades
internas, na sua
dimensão política,
social e administrativa.
Neste
contexto, têm a
"liberdade (...) na
escolha das modalidades
de mobilidade, das
categorias de pessoas
abrangidas", bem como
dos países da comunidade
com os quais pretendam
estabelecer as
parcerias.
O acordo
define que a mobilidade
CPLP abrange os
titulares de passaportes
diplomáticos, oficiais,
especiais e de serviço e
os passaportes
ordinários. A questão da
facilitação da
circulação tem vindo a
ser debatida na CPLP há
cerca de duas décadas,
mas teve um maior
impulso com uma proposta
mais concreta
apresentada por Portugal
na cimeira de Brasília,
em 2016, e tornou-se a
prioridade da
presidência rotativa da
organização de Cabo
Verde, de 2018 a 2021.
Angola,
Brasil, Cabo Verde,
Guiné-Bissau, Guiné
Equatorial, Moçambique,
Portugal, São Tomé e
Príncipe e Timor-Leste
são os nove
Estados-membros da CPLP,
organização que este ano
comemora 25 anos.l.
Lusa
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