EMAE é actualmente uma
Empresa falida, diz o
Director-geral,
Celestino Andrade
16.09.2019 – O actual
Director-geral da EMAE,
(Empresa de Água e
Electricidade),
de São Tomé e Príncipe,
Celestino Andrade, disse
este sábado que, a
situação actual da
empresa que dirige, está
tecnicamente falida.
Celestino
Andrade que falava ao
espaço de entrevista do
programa radiofónico, “
Para
Frente São Tomé e
Príncipe
“, transmitidos aos
sábados a partir das 11
horas nas antenas da
Rádio Nacional, disse,
acrescentado que actual
situação económica, e
financeira da EMAE, é
crítica e estranha, e de
veras preocupações.
“ Uma
Empresa que tem um
passivo, superior ao seu
antigo, isto é, os bens
que os direitos que a
EMAE detém, não chegam
para dar a cobertura as
obrigações que tem, uma
empresa nessa situação,
não tem hipótese honrar
os seus compromissos, e
mais do que isso, é uma
situação anacrónica,
visto que o resultado
anual, operacional,
financeiro e
extraordinário da
empresa, é sempre
prejuízo atrás do
prejuízo, e acredito que
de facto, estamos a
falar de uma empresa
tecnicamente falida, e
porque não dizer em
termos de insolvência,
ou seja, falência”.
Segundo o
responsável do sector de
água e energia, a
empresa tem dívida
elevada com Banco e ENCO,
que levará o tempo para
liquidar estas mesmas
dívidas, e que já é do
conhecimento de todos, e
que ronda cerca de
“2.800 Mil Euros”, o
qual actual Direcção tem
estado a cumprir, e
tentar honrar com muito
esforço, pagando cerca
de 1 Milhão por mês.
No quadro
destas
dívidas com
os
fornecedores,
só ENCO, nós
temos uma
dívida cerca
de “140
Milhões
Dólares”,
enquanto os
outros
fornecedores,
rodam cerca
de “80 Milhões de Dólares”,
para além
dos impostos
que estão
altamente
atrasados.
Perante o
cenário constatada
actualmente na empresa,
Celestino Andrade acrescenta
que, torna necessário
inferir medidas
estruturantes, e é preciso
algum tempo, para que de
facto a empresa possa sanear
actual situação que a EMAE
compadece.
O
Director-geral da EMAE,
defende uma reestruturação
da empresa com medidas
sérias, para que se reverta
a situação, e neste sentido,
estamos a trabalhar
actualmente com o Banco
Mundial e FMI, (Fundo
Monetário Internacional),
essa reestruturação passa
pela redução de custos,
protecção de receitas, uma
vez que temos que criar
condições para aumentar
receitas, mais estas
medidas, não vão depender
apenas da Direcção-geral da
EMAE, mais sim, dos outros
elementos que vão integrar
esta mesma decisão.
Durante o
espaço de entrevista no
programa, “ Para Frente
São Tomé e Príncipe”,
Celestino Andrade,
aproveitou a ocasião para
comentar o empréstimo feito
pela anterior Direcção da
Empresa, para um
investimento, e manutenção
dos geradores, tendo frisado
que não gostaria comentar
isto, mais tratando de uma
errância que temos neste
momento, porque de facto
temos essa dívida para
pagar, portanto, constam que
os valores não foram de uma
forma integral para a
manutenção dos geradores.
Face a
situação, nós fomos
obrigados, e rapidamente a
encontrar financiamento,
para fazer uma intervenção
rápida aos geradores, sobre
pena o país voltar outra vez
aos apagões, e neste âmbito,
a prioridade do lado da EMAE,
passa pelo sector de
electricidade, onde o
Governo definiu no seu
programa, dois períodos,
sendo um de emergência
energética, que passa de a
empresa encontrar uma
solução de estabilidade de
energia, e o outro período
que será, encontrar outras
fontes de energias, como,
energias mais limpas e
baratas, ou de baixo custo
para a população.
Através a
Empresa Petrolífera BT da
COSME, a actual Direcção da
EMAE conseguiu rubricar um
acordo, que vai permitir
chegar ao país brevemente,
seis (6) grupos de
geradores, sendo, 5
destinados para São Tomé, e
um (1), para a Região
Autónoma do Príncipe, e com
esta nova política de
emergência eléctrica, a
empresa vai conseguir meter
em São Tomé, mais 9
Megahertz, enquanto ao nível
da Ilha do Príncipe, vamos
conseguir meter, 0.7
Megahertz, que vai permitir
levar a cabo aquilo que é
fundamental, que é a
manutenção dos geradores,
conforme afirmou o
Director-geral da EMAE,
Celestino Andrade.
Por: Adilson Castro
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