Tribunal ordenou prisão
preventiva para três
suspeitos
do naufrágio do "Amfitrit"
17.05.2019 -
O tribunal são-tomense
de primeira instância
determinou na
quinta-feira prisão
preventiva ao
comandante,
vice-comandante e
comercial do navio "Amfitriti"
que naufragou em 25 de
Abril perto da ilha do
Príncipe, provocando
oito mortos e nove
desaparecidos, disse à
Lusa fonte judicial.
Outros seis arguidos,
entre os quais três
responsáveis do
Instituto Marítimo
-Portuário (Imap),
incluindo o seu
director-geral, saíram
em liberdade, mas
sujeitos a termo de
identidade e residência.
"Esse processo, no que
diz respeito aos nossos
constituintes, foi
baseado num conjunto de
pressupostos errados e,
graças a Deus, o juiz de
instrução teve bom senso
e entendeu que esses
pressupostos em que o
Ministério Publico se
baseou para indiciar os
nossos constituintes não
estão em conformidade
com a lei e devolveu-os
à liberdade", disse
Nilson da Cruz, advogado
dos três responsáveis do
Imap.
Na quarta-feira uma
juíza do tribunal de
primeira instância
mandou prender os nove
arguidos, suspeitos do
crime de homicídio
involuntário. Os
arguidos são os cinco
membros da tripulação, o
proprietário da
embarcação e os três
responsáveis do
Instituto Marítimo
-Portuário.
Depois de preso, os
arguidos foram ouvidos
por um juiz de instrução
criminal, que iniciou no
mesmo dia o primeiro
interrogatório, ouvindo
apenas três dos
suspeitos.
As audições foram
retomadas hoje e
culminaram com a prisão
preventiva de três dos
nove arguidos. O navio
“Amfitriti” naufragou
quando transportava 212
toneladas de cargas
diversas e 72
passageiros, incluindo
os cinco membros da
tripulação. Oito
morreram, nove foram
dados como
desaparecidos, tendo 55
pessoas sido salvas.
O naufrágio do
“Amfitriti” mobilizou
uma corrente de
solidariedade para com
as vítimas e seus
familiares, incluindo do
Presidente da República,
Evaristo Carvalho, e do
primeiro-ministro, Jorge
Bom Jesus, que se
deslocaram também à
Região Autónoma do
Príncipe.