---

Matriarca poetisa são-tomense Alda Espírito Santo homenageada

no pavilhão cultural do Liceu Nacional

30.04.2025 - O Pavilhão Cultural Alda Espírito Santo do Liceu Nacional, acolhe desde esta terça e quarta-feira, a primeira Conferência Nacional sobre a vida e a obra da poetisa matriarca Alda Espírito Santo, A poetisa são-tomense, Alda Espírito Santo, nasceu no dia 30 de Abril do ano de 1926, e a mesma é considerada a matriarca da nação são-tomense.

Do seu legado deixado, além do Hino Nacional, a matriarca escreveu várias obras, nomeadamente, “ É o Nosso Solo Sagrado da Terra, e Mataram o Rio da Minha Cidade”.No acto de abertura da primeira Conferência Nacional em homenagem a poetisa, a Presidente da Assembleia Nacional, Celmira Sacramento, a presidir a cerimónia, destacou que Alda Espírito Santo, é uma das figuras mais completas e inspiradora da história contemporânea nacional.“

Não é por acaso que essa conferência se inicia com entoação do Hino Nacional de São Tomé e Príncipe, cuja letra que todos nós promovamos e nos une, é da autoria de Alda Espírito Santo, portanto, essa contribuição do profundo valor simbólico e patriótico, é expressão da sua sensibilidade poética e da sua capacidade de captarem palavras e espírito da liberdade, dignidade e esperança que nos une como povo”.

Alda Neves da Graça do Espírito Santo, participou na Luta de libertação da Independência de São Tomé e Príncipe, e tornou-se a primeira mulher a ocupar o cargo da Presidente da Assembleia Nacional entre 1980 a 1990, cargos e legados estes, que para actual Presidente da Assembleia Nacional, Celmira Sacramento, representa um símbolo de emancipação feminina que inspirou-lhe as outras mulheres a se envolverem na vida política, e na construção de um país mais inclusivo, e justo.

Como forma de salvaguardar e valorizar a memória e as obras de Alda Espírito Santo, a Presidente do parlamento são-tomense, propõe que a residência onde viveu a poetisa, seja transformada no Museu Memorial, e que esta conferência não seja apenas um tributo, mais também um espaço fértil de reflexão, de aprendizagem, e de inspiração para as gerações vindouras.

Para além dos dirigentes, políticos, escritores e amigos de Alda Espírito Santo, alguns estudantes que tomaram parte na referida conferência, recordam a poetisa como a matriarca do nosso Hino Nacional,Importa salientar de que a poetisa são-tomense considerada a figura emblemática da Luta de Libertação de São Tomé e Príncipe, faleceu no dia 9 de Março de 2010 em Luanda com 83 anos de idade.

Por: Adilson Castro