Residência artística
junta 16 jovens da
CPLP em Moçambique

02.09.2025 -
Dezasseis jovens
artistas da Comunidade
dos Países de Língua
Portuguesa (CPLP)
participam, em Maputo,
numa residência
artística dedicada a
investigar e recriar
manifestações culturais
surgidas durante as
lutas de libertação
colonial.
A iniciativa, promovida
pela associação cultural
Scala em parceria com a
Khuzula, reúne criadores
de Angola, Cabo Verde,
Guiné-Bissau,
Moçambique, Portugal,
São Tomé e Príncipe e
Timor-Leste.
O realizador moçambicano
Sol de Carvalho,
responsável pelo
projecto, sublinha que
não se trata de uma mera
soma de representações
nacionais, mas de um
exercício de fusão e
releitura contemporânea.
“Temos cantores a
interpretar músicas de
outros países,
dançarinos a incorporar
tradições distintas e
recriações modernas que
revelam a riqueza do
património comum”,
realçou.
Financiada em 1 milhão
de euros pela União
Europeia, Instituto
Camões I.P. e Fundação
Calouste Gulbenkian,
através do Programa
PROCULTURA, a residência
integra o projecto
“Resistência e Afirmação
Cultural” e prolonga-se
até 12 de Setembro, no
Centro Cultural
Moçambique-China.
Além de revisitar
manifestações do período
colonial, o colectivo
propõe-se também
reflectir sobre a luta
antifascista em
Portugal, produzindo um
olhar crítico sobre a
criação artística dessa
época.
O ciclo culminará com um
espectáculo que reunirá
mais de 50
intervenientes, entre
residentes e artistas
moçambicanos.“São
criadores com carreiras
já consolidadas e este
encontro ganha
particular relevância
por coincidir com as
comemorações dos 50 anos
de independência da
maioria dos países
participantes”, reforçou
Sol de Carvalho.
Com Lusa
