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Banco central de São Tomé e Príncipe

já tem nova administração

03/11/2025 - Agostinho Fernandes vai liderar o banco central são-tomense. O atual primeiro-ministro esteve à frente da instituição até sair para o governo, em janeiro, em plena revisão da lei orgânica.

O Banco Central de São Tomé e Príncipe (BCSTP) já tem um novo conselho de administração, um desfecho aguardado há vários meses por conta da aprovação da nova lei orgânica e de sucessivos vetos na Assembleia Nacional.

O antigo ministro da Economia Agostinho Fernandes é o nome escolhido para governador da instituição, até então liderada de forma interina pela vice-governadora Lara Simone Beirão, que substituiu o agora primeiro-ministro, Américo Ramos, em janeiro.

Lara Beirão mantém-se em funções executivas como administradora. Ayagi da Mota Dias, diretor de Supervisão Macro-prudencial do BCSTP, também continua como consta no Diário da República de 28 de outubro. O conselho de administração do banco deverá tomar posse nos próximos dias, disse ao Jornal Económico (JE) a ministra da Justiça, Vera Cravid.

A nomeação do sucessor de Américo Ramos, que convidou Agostinho Fernandes para o cargo ainda na primeira metade do ano, foi adiada dada a necessidade de ver aprovada e promulgada a nova lei orgânica do Banco Central pelo Presidente da República, Carlos Vila Nova, um diploma revisto na sequência das recomendações do Fundo Monetário Internacional (FMI) no sentido de modernizar o quadro regulatório em matérias monetárias e financeiras.

Os nomes propostos para o conselho de administração foram levados à Comissão dos Assuntos Económicos, Financeiros e do Orçamento, com a avaliação a prolongar-se por várias sessões.

O oitavo governador do banco central de São Tomé e Príncipe, que liderou a Ação Democrática Independente (ADI) pouco mais de um ano até renunciar ao cargo, era o responsável da BirdLife International em São Tomé e Príncipe até há pouco tempo.

O decreto-lei de nomeação dos três membros executivos do banco, promulgado no dia 8 de outubro, foi aprovado no Conselho de Ministros de 2 de outubro, segundo aquele órgão oficial da República de São Tomé e Príncipe. Apesar da deliberação, o comunicado referente à reunião de ministros não menciona essa informação.

Permanecem por nomear, contudo, os quatro administradores não executivos, uma questão levantada por uma delegação do Fundo Monetário Internacional (FMI), esta quinta-feira, dia 30 de outubro, num encontro com Assembleia Nacional. As novas propostas já terão chegado à comissão, que irá avaliar os nomes para administradores não executivos.

Nova lei orgânicaO conselho de administração do BCSTP, enquanto órgão diretivo superior, é constituído, de acordo com a nova lei orgânica, por sete membros.

Além do Governador e dos dois administradores executivos e quatro administradores não executivos, de acordo com a nova lei orgânica do BCSTP, que foi promulgada em final de maio após quase três anos em discussão.

Os três membros da comissão executiva do conselho de administração são nomeados por decreto do governo, enquanto os quatro elementos com funções não-executivas, que compõem o Comité de Auditoria, são apontados por resolução do Conselho de Ministros; na lei anterior, a nomeação do Governador era feita pelo Conselho de Ministros.

A anterior lei orgânica estava em vigor desde 1992, quando o país se encontrava em transição de uma economia centralizada para uma economia de mercado. No final do ano passado, Américo Ramos, ainda como Governador, defendeu a importância da nova lei “no reforço da autonomia do banco central, na alteração do conselho de administração, no reforço do controlo, através de um conselho de auditoria”.

Por: Inês Amado

 

 

 

 

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