Centro de Violência
Doméstica contra
mulheres promove
workshop com jornalistas
Santomenses

04/12/2025
-
No âmbito do Dia
Internacional para a
Eliminação da Violência
Contra as Mulheres,
celebrado esta
terça-feira, 25 de
Novembro, o Ministério
da Justiça Assuntos
Parlamentares e Direitos
da Mulher, em parceria
com o Centro de
Aconselhamento Contra a
Violência Doméstica e a
União Europeia,
procederam esta semana,
o lançamento da
campanha, 16 dias do
activismo pelo fim da
violência contra as
mulheres e meninas.
O objectivo da referira
campanha, visa combater
a violência digital
contra todas as mulheres
e meninas, tendo em
conta o aumento do
fenómeno que se tem
registado nos últimos
anos em São Tomé e
Príncipe.
Para que esta realidade
seja radicada no país, o
Centro de Aconselhamento
Contra a Violência
Doméstica através do
Ministério de Justiça,
Assuntos Parlamentares e
Direitos da Mulher,
promoveu esta
quarta-feira um workshop
no Centro Cultural
Português com os
jornalistas e
profissionais dos
diferentes Órgãos de
Comunicação Social
Santomense, para que os
mesmos sejam os agentes
na sensibilização da
sociedade e a família
são-tomense no que toca
conflitos e violência no
seio familiar, e
particularmente, entre
as mulheres e homens.
Na abertura do workshop
dedicado a Prevenção no
Combate a Violência
Digital Contra Mulheres
e Raparigas organizado
pelo Projecto MAIS
IGUAL, Inês Serano em
nome do Instituto dos
Camões e de Cooperação
Portuguesa para São Tomé
e Príncipe, começou por
destacar que todos os
anos, entre o 25 de
Novembro a 10 de
Dezembro, esta campanha
global, mobiliza
governo, instituições,
sociedade civil, e
comunidades em todo o
mundo, para reforçar a
prevenção, a
sensibilização em
reposta da violência
baseada no género.
Para este ano 2025, a
data celebra-se sobre o
lema” Unir para acabar
com a Violência Digital
contra todas as Mulheres
e Raparigas”, Inês
Serano, reconhece que os
riscos no espaço digital
têm aumentado, e que as
mulheres e as raparigas
continuam a ser as mais
expostas, e para
responder a esta
realidade, exige
compromisso político,
institucional e social.

Em representação da
Delegação da União
Europeia, Paula Medina,
destacou que o mundo
digital trouxe
oportunidades imensas de
aprendizagem,
participação e criação,
contudo trouxe também
novas formas de
violência que replicam e
amplificam desigualdades
existentes.
Paula Medina referiu
ainda que as diferentes
formas de manifestação
de violência digital
contra mulheres e
raparigas, seja através
de ameaças, intimidação
e acedo on-line com a
divulgação não
consentidas de imagens
privadas, manipulação
digital, chantagens,
extorsão, discursos de
ódios e campanha de
difamação etc, todas
elas têm efeitos reais e
profundos na vida das
sobreviventes, podendo
provocar danos
psicológicos, social,
económico, e muitas
vezes, físicos.
Sublinhou.
Sónia Afonso, Directora
do Centro de
Aconselhamento Contra a
Violência Doméstica em
nome do Ministério da
Justiça, Assuntos e
Direitos da Mulher,
saudou todos os
presentes e jornalistas,
tendo referido que esta
iniciativa insere-se na
mobilização global de 18
dias de activismo, e
relembra que a violência
baseada no género,
continua a
transformar-se e
expandir-se para as
novas esferas, incluindo
o espaço digital, a
violência on-line não é
virtual, mais tem
consequências reais,
afecta ao auto estima, o
bem-estar emocional, a
participação pública, e
muitos casos, a própria
segurança física da
mulher e raparigas.
workshop teve como
oradora, a especialista
na matéria ligada a
violência baseada no
género, a portuguesa,
Maria João Mautempo, e
auxiliados aos
jornalistas, Maximino
Carlos da Rádio Nacional
que abordou o tema, “ O
Papel dos Media na
Prevenção da Violência
Digital”, e o tema, “
Narrativas e Discurso
Digital, Cobertura Ética
e Não Revitimizante”,
que foi apresentado pelo
jornalista da RTP-
África em São Tomé, Nuno
Rodrigues.
De referir que esta
iniciativa terá a sua
continuidade com outras
actividades para pôr fim
a violência nas mulheres
e as raparigas, através
do Ministério da
Justiça, Assuntos
Parlamentares, e
Direitos da Mulher,
associada e promovida
pelo Projecto MAIS
IGUALL, financiada pela
União Europeia,
co-financiada, e gerida
pelo Camões.
Por: Adilson Castro
